O Fluminense sentiu na pele esses problemas na partida contra o Palmeiras. Tudo bem que o jogo era no Parque Antártica contra o líder do campeonato. Mas a equipe comandada por Muricy Ramalho não é tão boa a ponto de o tricolor carioca, com toda a sua tradição, entrar em campo incrivelmente com três zagueiros, três volantes, um lateral que se limita apenas à marcação (Mariano) e o coitado do Kiesa correndo pra um lado e pro outro sozinho lá na frente.
Com essa tática ficou claro que o Fluminense foi jogar contra o Palmeiras em busca de um empate fora de casa. Eu particularmente não entendo isso. Concordo que o time que o Renato Gaúcho tem não é dos melhores, ainda mais desfalcado. Mas daí a ele jogar na covardia é outra história, ainda mais na situação que a equipe das laranjeiras está na tabela.
E tanto o time do Palmeiras não é isso tudo que o treinador do Fluminense achou, que a equipe da casa quase não ofereceu perigo aos visitantes. E o que propiciou isso não foi o ferrolho armado pelo time carioca, porque uma zaga que conta com Edcarlos, com todo o respeito, está jogando com um a menos ou com um atacante a mais para o adversário. Aliás, os poucos lances efetivos do Palmeiras foram todos nas costas dele. (Veja os "melhores momentos" da partida).
Entretanto, Renato Gaúcho demorou até os 15 do segundo tempo pra perceber a ineficiência do adversário, quando resolveu colocar mais um atacante na equipe, sacando Fabinho e colocando o Maicon. Mas como gosta de dizer o treinador adversário, Muricy Ramalho, “o futebol pune”. E no momento em que o técnico da equipe tricolor conversava com o seu comandado que entraria em campo saiu o gol de Diego Souza para o Palmeiras.
Porém, a substituição fez efeito rapidamente. A partir dela o Fluminense mandou no jogo, mas ficou a lamentar as falhas nas assistências e nas conclusões das jogadas. O Palmeiras não viu mais a cor da bola, a não ser em um bonito chute de Claiton Xavier que atingiu o poste no finzinho. Mas já era tarde demais, faltava pouco tempo, o time da casa estava a frente no placar e só administrou o resultado.
No entanto, ficou uma impressão pra torcida tricolor de que poderia ter sido diferente. E eu, particularmente, acho que pior do que perder, é perder sem ter tentado ganhar. É entrar em campo sem ousadia, sem gana. Mas isso é reflexo da cultura de demissão de treinadores que falei no post anterior. Ameaçados por qualquer série de três derrotas, os técnicos se acovardam em defesa de seus cargos, o que os estimula a armarem essas táticas, que entristecem os torcedores e quase sempre levam o time a derrota.
Pelo menos fico com um pontinho de esperança de que o Renato Gaúcho tenha aprendido a lição e esteja querendo mudar essa postura a partir de agora. É a única chance pro Fluminense fugir da degola. E você, também acha que é uma decepção quando os técnicos armam suas equipes para não perder ao invés de buscarem a vitória?
Os problemas quando o medo de perder é maior do que a vontade de ganhar
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Postado por Mais um apaixonado por futebol às 17:47
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário